Feliz 2011.

Neste fim ano, vamos fazer um programinha mais light, mas não menos cachaceiro que nos anos anteriores. Até porque não dá pra negar as origens, néam? A virada vai ser em São José, junto com amigos igualmente da farra, em uma casa delícia à beira-mar. Vamos levar nossa pequena para pegar um solzinho, já vislumbrando a lindeza dessa menina de roupinha de banho nos anos que virão pela frente.



Aproveito para dizer que Helô foi o maior presente, não só de 2010, mas também dos anos anteriores, e que nada, nem de longe, se compara a felicidade que a gente está sentindo com a chegada dessa menina já tão amada. Então venha, minha pequena, que seus pais não vêem a hora de olhar pro seu rostinho e te encher de beijos.

Feliz Ano Novo procês e muito amor.

Falei cedo demais.

Primeira lição de uma mãe recente: não deixe a vaidade ser mais importante que o seu filho. Eu, que estava me exibindo tanto em relação à tranquilidade da minha gestação, sem inchaços, anemia, riscos de diabetes, problemas de pré-eclâmpsia ou ganho de peso excessivo, caí do cavalo.

Nos últimos dias, minha pressão historicamente baixa, associada a uma taquicardia, tem causado situações recorrentes de desmaio iminente. Ainda não sei a quê isso está associado (coração, pressão baixa, cansaço, algo na alimentação), mas se for diagnosticada taquicardia mesmo, vou precisar tomar um remédio aí até o final da gravidez. Nada que traga problemas pra mim ou pra Helô, então continuo firme na minha tranquilidade habitual.

O único risco é deste episódio acontecer comigo sozinha em casa e ele se transformar, efetivamente, em um desmaio. Pra tentar evitar, consegui realizar a proeza de marcar uma urgência amanhã, com o cardiologista da minha irmã (que sofreu da mesma bronca, mas em escala maior, durante a sua gravidez). Vamos torcer para ser só isso, então.

Simone quase fodeu com o meu Natal.

Quando eu era pequena, adorava o Natal. Meu pai se vestia de Papai Noel, a primada ia toda lá pra casa, a ceia era farta, a árvore idem e criança não tinha hora pra dormir. O tempo foi passando, eu e meus irmãos ficando mais velhos, Xuxa começou a fazer especiais de Natal sem graça e os presentes foram ficando mais escassos. Mas nada comprometeu tanto o meu espírito natalino quanto a versão de Simone para Happy Xmas. Essa festa ficou com cara de Simone. Não é Papai Noel, não é árvore iluminada, não é peru com fios de ovos. É Simone.

Então, eis que se fez a magia. Desde que eu e Serginho começamos a morar juntos, o Natal ganhou um novo significado pra mim. Gosto de montar a árvore e colocar enfeite na porta. Gosto das ruas iluminadas e de pisca-pisca nas janelas. Gosto, até, da decoração medonha do meu prédio. Já estava assim o ano passado e esse ano, com a chegada da nossa pequena, tudo ganhou um siginificado especial. É tanto amor, minha gente. Tanto amor.

Isso tudo aliado ao fato de estarmos na nossa casa, fazendo o Natal do nosso jeito, com Jonh Lennon, e mais ninguém, rodando no passa discos.




Em tempo: Feliz Natal para todos vocês, meus amores.

Para ele.



Todo meu amor e a tranquilidade da escolha certa há quase 6 anos.
Minhas noites de farra, meus melhores brindes e minha patola do guaiamum.
As lembranças mais felizes e um painel de sorrisos na parede.
Meus beijos de boa noite e meus suspiros de bom dia.
Minha torcida mais ferrenha, mesmo não sendo tricolor.
Os meus olhos e meus pensamentos onde quer que eu esteja.
O gene da minha filha, que se puxar a ele vai ser a menina mais linda, doce e humana que já existiu.
Os meus planos para o presente e, mais ainda, para o futuro.
Cada cantinho de uma casa que foi feita pensando em dois e, a partir de abril, em três.
Minha amizade e parceria em todos os momentos, principalmente naqueles que parecem não precisar.
Meu colo, meu cafuné, carinho nas costas e uma Coca-cola com gelo nos dias de ressaca.
Todas as ligações com um "eu te amo" no final.
As palavras de carinho e o diálogo, sempre tão presentes desde o começo.
Meu ombro, para levar o violão e encostar a cabeça nos momentos de incerteza.
Minha admiração pelo profissional talentoso, dedicado e apaixonado pelo que faz.
A última cerveja da noite, quase sempre bebida com o nascer do dia.
Uma poltrona confortável, ao lado da minha, para ver nossos netos brincarem enquanto ele toca Beach Boys no violão.

Parabéns, meu amor. Minha vida não valeria esses 35 anos sem você.

Modéstia à parte.



Eu estou me achando uma grávida linda. Não engordei muito, meu rosto continua sequinho, a comissão de frente está turbinada e minha barriga, finalmente, ganhou uma forma pontuda e durinha. Preciso ir mais à praia, pra suprir a carência de vitamina D. É bom que eu pago de Leila Diniz e ainda ganho uma cutis morena jambre.

Quando eu começar a hidro e as drenagens, então, ninguém me segura.

Morfológica.

Fiz, nessa terça-feira, o segundo exame mais temido pelas mães. Qual o diagnóstico? Uma menina linda (ok, só dá pra ver a caveirinha, mas licença poética existe pra isso), com todos os órgãos, ossos, dedos, mãos e pés no lugar. Ela está com meio quilo e daqui pro final do mês deve dobrar de tamanho (ai, minhas costelas).

Mas como nem tudo são flores, a obstetra identificou insuficiência de Vitamina D entre as minhas taxas, o que pode estar dificultando a ingestão de cálcio. Ela passou um complemento num-sei-das-quantas aí e me disse para pegar um solzinho, durante 15 minutos, todos os dias, até nove da matina. Como ainda não deu pra começar a hidro, vou fazer o que em um ano e meio de Ed. Beira Rio não tive coragem: expor minha desiree para a vizinha.

Tudo por amor, néam?

E por falar em primo.

Olha Lolô batendo um papo com Benjamin. A barriga de fora foi uma iniciativa do pai, porque a mãe é muito low profile pra isso.

Helô ganhou dois priminhos.

Dia 28/11 nasceu Mateus, filho de Gisele. Lindão, como o irmão, e super saudável. Dia 01/12 foi a vez de Benjamin, filho de Gabi. Também uma fofura, com o nariz do pai e a boca da mãe. Os dois chegaram para engrossar o caldo dos primos homens, junto com Thomas, também de Gisele, Nicolas e Murilo, da minha irmã, e Heitor, do meu irmão.

Por enquanto, só dá homem na cabeça e Helô vai ter que aprender a jogar bola e video game pra poder interagir com a primada. Pensando bem, vou reconsiderar o rosa, pra não causar uma crise de identidade na nossa pequena. Mas roupinhas, sapatos e acessórios da Barbie, da Disney, da Xuxa e afins nem pensar, ok?

Estação Primeira de Mangueira.

Ontem fui à médica, abre parênteses para a querida Doutora Gisela, minha anja da guarda. Cheguei com as pernas tremendo, porque na consulta anterior eu tinha engordado mais do que deveria, apesar de ainda estar no limite do saudável. Subi na balança e foi só sucesso. Em 5 meses e meio eu aumentei, exatamente, 5 quilos e meio. Uma média de um quilo por mês, resultado de muita água, massa integral, diminuição do sódio e frutas e verduras a valer. E olhe que estou longe de ser uma pessoa disciplinada, muito pelo contrário. Qualquer coisa que soe, mesmo que de longe, um leve sopro de obrigação me causa urticárias.

E está tudo lindo. Taxas sensacionais, barriga de tamanho saudável, batimentos cardíacos (meus e de Helô) num ritmo bacana, inchaços raros, cansaço zero. Às vezes dá uma tontura ou outra e um ensaio de desmaio resultado de uma queda repentina de pressão, mas até isso a dotôra disse que está trabalhando a meu favor. Minha pressão, historicamente baixa, está se mantendo nesta medida mesmo durante a gravidez, o que Gisela disse ser uma excelente notícia para afastar o mau agouro da pré-eclâmpsia.



Mas pra não dar chances pro azar, esse mês eu começo a hidro (nossa senhora do bom sono me ajude a acordar cedo) e, mês que vem, a drenagem e a fisioterapia para gestantes, que estão sendo adiados por falta de um certo que garanta a frequência até o final da gravidez.

Então, Helô, faça a sua parte e venha bem linda e saudável, que mamãe está cortando um dobrado pra fazer a dela.

A fota é de Aniela.

Alguém me amordace, por favor.

Que eu tô com uma vontade louca de comer doce.

Rituais de uma grávida.

Manhã:
- Passar óleo de amêndoas na barriga, cintura, quadris e seios.
- Após o banho, untar o corpo com hidratante normal e a região entre os seios e o quadril com Mater Skin, que é caro pra cacete.
- Como não pretendo competir com Helô no quesito quem chora mais, passar um creme supermegapower nos seios para enrijecer a pele e minimizar os efeitos desastrosos da futura amamentação.
- Antes de trocar de roupa, colocar aquela delícia que atende pelo nome de meias Kendall.
- Colocar uma calça de gestante que não aperte muito a cintura nem o baixo ventre e tentar se convencer que seu marido vai continuar te achando sexy.
- Passar protetor solar para evitar as famosas manchas nas maçãs do rosto.
- Priorizar o consumo de leites, sucrilhos, iogurte, frutas e pão integral.
- Levar uma fruta ou uma barrinha de cereais para o trabalho.

Tarde:
- Independente do cardápio, não deixar de consumir feijão, carne, verduras e legumes.
- Suco só de frutas e com adoçante (apenas Stévea ou Linea).
- Fruta, de preferência, cítrica pra facilitar a ingestão do ferro.
- Antes de sair para o trabalho, reaplicar o protetor solar.
- Levar uma barrinha de cereais e um biscoito integral para o lanche.
- Lembrar de tomar o ácido fólico (para quem já esquecia de tomar a pílula, heim?).

Noite:
- Priorizar o consumo de raízes, que são carboidratos compostos.
- Consumir proteínas (leite, queijo, ovos).
- Consumir torradas integrais e frutas no lanche.
- Repetir os rituais do banho matinal.
- Colocar um top resistente porque, sabe como é, amizade, a lei da gravidade é bem cruel depois da gravidez.
- Assistir programas leves, já que ninguém quer um filho psicopata por aí.
- Colocar um travesseiro embaixo dos pés para ajudar a nossa amiga circulação a não criar patas de elefante.
- Deitar, sempre, do lado esquerdo pelos mesmos motivos do item anterior.

Sempre:
- Carregar, para todos os lados, um copo ou uma garrafinha de água, que além de minimizar os efeitos dos inchaços e das estrias, é muito saudável para o bebê.
- Fazer, pelo menos, 10 xixis por dia.
- Tomar banho de sol na varanda de casa também vale para deixar a pele do seio mais grossa, mas se o maridão não curtir a ideia de ver sua mulher virar índia, uma boa luminária 5 minutos em cada peito também rola.
- Sempre que estiver deitada, levantar de lado e nunca de frente, para não forçar o baixo ventre.
- Evitar, a todo custo, gorduras, frituras, conservas e doces (diabetes gestacional não é brincadeira não, minha gente).
- Não dar atenção a sua mãe quando ela disser "gravidez não é doença". Lembre-se que na época dela, mulheres engravidavam com 20 anos e não na casa dos 30, e você, com essa idade, apesar das belezas da fase, não é mais uma menina cheia de energia. Então, fuja dos trabalhos pesados e dos esforços. Coloque o orgulho de lado e use o maridão sem parcimônia.
- A partir do terceiro trimestre, ande sempre com um pouquinho de sal, que sua pressão tende a cair nesta fase.


Ufa.
Isso é apenas uma amostra dos cuidados que uma mulher da categoria das prenhas deve ter. Apesar disso tudo, eu juro que é uma delícia. Tenha fé, colega.

Nosso primeiro grande show em família.



A gente foi pego de surpresa. Em menos de um mês, e numa época do mais franco liseu, tínhamos que decidir ir ou não pro show de Paul McCartney. Era um sonho antigo que, devido ao meu momento barriga, ganhou um significado todo especial. Helô se comportou muito bem durante toda a viagem. Não rolou mal estar, cansaço, inchaços, dores nem nada que comprometesse o evento ou a saúde da nossa meninota. Muito pelo contrário. Como tudo conspirava para que a pequena fizesse parte desse momento histórico, ficamos, o tempo inteiro, com a abençoada companhia de dois amigos obstetras e um cardiologista. Os três à paisana, porque estavam lá por causa de Paul e da cerveja, mas sempre atentos comigo e com Helô.

A arquibancada especial, apesar de distante, nos garantiu conforto, segurança, tranquilidade e pezinhos para cima nas horas mais críticas. Além de uma visão privilegiada do estádio e do veinho McCartney, claro. Eu gritei e chorei tudo que tinha direito, só não pulei porque fiquei preocupada com a barriga, mas garanto que vontade não faltou. Serginho cuidou de nós com todo amor de um pai apaixonado por suas duas mulheres, zelando por nossa alimentação e acomodação, e Helô ficou muito tranquila ali no seu camarote exclusivo.

Fora toda emoção do show e de ver aquele que foi um dos meus ídolos de adolescência, o que espero que também vire inspiração para nossa pequenina, o final de semana foi marcado por um fato à parte, mas não de menor importância: Helô deu os seus primeiros sinais de vida. Não foram pulos, chutes ou nada que fosse visto ou percebido externamente, mas pequenas bolhinhas internas, incômodos momentâneos na costela, inchaços instantâneos em um determinado lado da cintura e movimentos sutis, como se um pequeno peixe estivesse passeando por minha barriga.

Não sei se tudo isso fez parte de um calendário biológico já previsto em livros de gestante ou foi ela, assim como nós, emocionada com Paul, mas o fato é que esse final de semana não vai sair da nossa memória e garanto que vamos fazer de tudo para que também faça parte da dela. Até porque sei que ela estava lá, escutando cada acorde do mais melódico dos Beatles. E no futuro, quando ela perceber a importância deles na sua vida, vai entender o porquê.

A foto é do talentoso Filipe Oliveira e sua máquina mágica.

Ontem eu sonhei com a minha meninota.

Ela já estava com cerca de um ano, nem tenho certeza se era isso mesmo porque nunca soube sacar muito bem a relação idade x tamanho, e aparentava ser uma criança de sorriso fácil como eu acho que todas deveriam ser. No sonho também estavam Artur (filho de Natacha e Marcelo) e uma menina loirinha de longos cabelos cacheados que imagino ser Anabel (filha de Ivis e Chaps).

Lembro ter olhado para ela com muita insistência para tentar reconhecer seus traços. Foi quando notei o cabelinho liso, com franja, de cor castanha, sem nenhuma voltinha sequer. Ok, nada de cachos, não é? Bem, então vamos aos olhos. Eles era pequeninos, apertados, como os do pai. Até a cor da pele não era a minha, mais para branca do que para morena. Heloísa era a cópia descaradamente feminina de uma foto de Serginho quando era pequeno. Danou-se, Helô. Nada em você é meu além do sobrenome? Custava ter colaborado um pouquinho na minha perpetuação?



Nem nasceu e essa menina já tá me contrariando.
=)

Dica de um site para grávidas.

"Para não ficar com os pés inchados, coloque uma meia-calça com alguma compressão antes mesmo de sair da cama de manhã para prevenir que o sangue se acumule ao redor dos tornozelos." Certo, minha tia. E ninguém toma banho depois que acorda não, é?

Momento Phoebe.

Como a minha barriga tá ficando redondex, tô começando a tirar onda com a situação. Coloco umas blusinhas mais apertadas, pra evidenciar o bucho, e testemunho a cara das pessoas que não sabem do fato com aquele ar de "pergunto ou não pergunto?". Ainda mais porque, diferente de muitas barrigas, a minha não é pontuda, e a primeira coisa a crescer, na verdade, foi a largura da minha cintura.

Ontem mesmo presenciei dois momentos distintos: um com uma cliente durante uma reunião de trabalho e outro com um casal de amigos no Pão de Açúcar. Foi engraçado ver o olhinho deles percorrendo o caminho do rosto até a minha barriga como se eu não estivesse notando. Parece que você está pelada ou com um decote ofensivo, porque o desconcerto é batata. O meu não, claro, o dos outros.

Aí, a vontade é de sustentar a conversa e soltar umas pistas, como aquela leve alisadinha na barriga ou a mãozinha nos quartos, até surgir um "nossa, você está grávida". Uma tentação para o meu espírito de porco devolver com um constrangido "não..." e deixar o sujeito na maior saia justa. Ainda não tive coragem, mas das próximas vezes não respondo por mim.



A foto é do Flickr de Nabaz.

Mamãe eu quero mamar.

Meus peitos crescem mais rápido que minha barriga. Acho que minha filha vai nascer pelo mamilo.

Let's dance.

Ou a baby gosta muito de música ou detesta. Digo isso por três episódios em épocas diferentes que desaguaram no mesmo sintoma: enjoo.

Primeiro foi no Coquetel, durante o show do Dinossaur Jr. Eu estava com dois meses e parará. Para quem foi é fácil lembrar da muralha de aplificadores que ficava na retaguarda das guitarras e da raquetada no pé do ouvido quando começou a primeira música. O show terminou com a mãe ligeiramente surda e a barriga latejando. Coincidência ou não, fui da platéia direto para o banheiro com vontade de vomitar.

O segundo episódio foi sábado passado, no Acre. Rolou uma festinha-inferninho, que eu adoro, com set list de Haymone, Cecília e Tarta, que eu adoro. No começo estava tudo lindo, ao ponto de eu arriscar uma latinha inocente de Skol para dar um brilho a mais na alegria da moçada. Eis que o lugar encheu ao ponto de eu não conseguir mais respirar e nem ficar em pé sem que uma gota de suor não escorresse pela minha coxa. A barriga pulou, ficou rígida e levemente dolorida. Desci para levar um ventinho na Aurora com a esperança de poder voltar. Ali mesmo, com David Bowie saindo pela janela, sentada em um romântico banquinho de madeira às margens do Capibaribe, eu coloquei para fora todo o jantar do aniversário da minha sogra.

O terceiro momento foi em casa. Sempre que posso, coloco fones de ouvido na barriga pra Helô ir se familiarizando com o gosto musical dos pais. Na manhã desta terça, acompanhada de uma tigela de sucrilhos com iogurte, sentei confortavelmente no meu sofá e coloquei Harrison pra embalar minha filhota. All Things Must Pass, pessoal. Aquela coisa, né? Felicidade, hare-hare, gospel, amor, poesia e tudo mais. Depois de umas dez músicas, a barriga deu um salto, endureceu e o café da manhã, que mal tinha entrado, já estava pedindo pra sair.



Então, filha, é bom que tudo isso seja porque você gosta das músicas que papai e mamãe curtem e o sacolejado seja você dançando na placenta. Porque, se for pra ouvir pagode, forró eletrônico, sertanejo ou tecnobrega (nem venham, que brega cabeça é ruim do mesmo jeito), vou te mandar pro convento.

A foto é da já recorrente neste sítio Elle Moss.

Béubéu.



Ontem, Helô recebeu a primeira visita de sua futura amiguinha de farras, de play ground, de aulas de natação, de jogos do santinha e, se tudo der certo, de sala de aula. Anabel levou o seu sorriso calmo e sereno, característico dos pais, além heranças valiosas do seu armário.

Como eu e Seginho somos tios meio fajutas, não registramos o momento, mas estou postando uma foto da pequena, roubada, descaradamente, do blog da mãe.

4 meses.

Para quem pensa em engravidar, eu vou logo dizendo: essa fase é sensacional. Os enjôos, os cansaços excessivos, os abusos e as neuroses já passaram. O bucho começa a aparecer ao ponto de você não ficar constragida em entrar numa fila preferencial. As pessoas já olham para você não como uma gorda, mas como uma grávida, e você começa a desfrutar do prazer, inlcusive, daquela alisadinha marota na barriga com óleo de amêndoas durante o banho. À noite, a situação complica um pouco, porque depois do jantar bate um banzo fenomenal. E como o sofá da gente não é um dos mais confortáveis do mundo, levando-se em conta que por orientações médicas sempre deito virada para o lado esquerdo, levanto, com frenquência, cheia de dor nos quartos. De resto, tá tudo lindo.



Já comecei aqueles rituais de grávida, muito prazeros, por sinal. Coloco fones de ouvido com o set list pessoal dos pais na barriga pra Helô não correr o risco de gostar de pagode quando crescer, leio livrinhos leves em voz alta e converso com ela com uma certa regularidade. Já serginho, todas as noites, bate altos papos com meu umbigo, com direito a palavras doces, beijos e declarações de amor. Com a barriga redondinha e sem o famigerado bucho-quebrado-de-mulher-que-limpa-parabrisas-no-sinal, tão característico do começo da gravidez, também rola começar a usar aquelas calças de cintura superbaixa, que acompanhadas de uma blusinha mais justa, colar e rasteirinhas (ou um all star velho de guerra), confere a qualquer caminhada até o trabalho um glamour diferente.

Não ter do que reclamar nessa fase soa até meio monótono, mas se a gravidez inteira fosse assim, acho que eu viveria grávida.

Tá, esqueci a abstinência da cerveja. Então, retiro o que disse.

No começo, o meu palpite era menino.

Que bom que eu errei.




Água que grávida não bebe.



É isso aí. Já são quatro meses sem minha gelada querida. Só nos meus 20 anos, quando matei meu pai de desgosto por conta de uma ressaca sem precedentes, passei tanto tempo sem beber. Hoje, sempre que a gente sai é a mesma coisa: eu tento agir normalmente mas, invariavelmente, me pego tirando os olhos do meu copo por segundos na esperança da água de côco virar cerveja quando eu voltar a olhar.

Tenho amigas do estandarte da cachaça que dizem não terem sentido falta de cerveja durante a gravidez. Queria eu chegar nesse nível elevado de espiritualidade, mas meu corpinho, antes de 58 quilos, ainda está apegado a desejos materiais.

Daí, confesso que sair à noite é, muitas vezes, um saco. A farra até começa bem, com todos dividindo o mesmo degrau na relação álcool x conversa, mas no decorrer das horas, quando você vê que dois ou três copos já são seis ou sete, a minha chatice sem a maquiagem da cerveja se faz presente e já não vejo mais graça nos comentários empolgados ou nas risadas sem motivo. Não vou nem entrar no quesito dos sabores, porque nada nessa vida é mais prazeroso que um gole de cerveja bem gelada depois de uma semana de trabalho estressante.

Ah, filhota querida, o que mamãe não faz por você.

Minha gente.

O que eu faço com essa sede toda que não páro de sentir? Jesus-Maria-José!

É ela.



Vem aí a nossa princesa, com mãos de pianista e alma de moleque. Que vai gostar de livros e de ir para o Arrudão com o papai. Que vai conhecer o mundo com uma mochila nas costas e sempre voltar com um "eu te amo" cada vez que a saudade de casa apertar. Que, assim como o pai, vai ser a menina mais doce que existe, e como a mãe, nunca vai tirar o all star do pé. Que vai achar uma vida pouco tempo para tudo que ela vai querer fazer. E que, nem chegou, já é o nosso amor, de tão querida e festejada nessa casa.

Você já estava prometida pra gente, pequenina. Há 4 anos.
Seja bem vinda, Heloisa Lisboa Kyrillos.

Menino ou menina?



Dependendo da boa vontade do(a) baby, a gente fica sabendo nessa sexta. Que gire a roleta.

Juliana, Sergio, baby e o mundo maravilhoso das contas.

Em que estágio da gravidez é normal começar a comprar coisinhas? Porque eu não comprei uma meia sequer. Não que eu não queira, mas é que não tem sobrado um certo para tal no final do mês. Fora que, como ainda não sabemos se o quarto vai estar mais para lilás (rosa, nunca) ou para azul, estamos estrategicamente adiando o endividamento.

Dos parentes, herdamos alguns dos itens mais onerosos da interminável lista infantil: berço, armário, banheira, carrinho, bebê conforto, alguns brinquedos, bolsa de maternidade e cadeira de amamentação. Só lembrando que, como só nasce macho nessa cidade, e isso inclui os netos da minha família e da família de Serginho, a maior parte dos objetos está na paleta dos azuis, então vamos torcer por um menino ou por uma menina de muita personalidade. Já dos amigos, ganhamos algumas roupinhas de recém-nascido muito lindas, incluindo dois conjuntinhos do glorioso tricolor pernambucano que o pai exibe com muito orgulho.

Mas o volumoso, o numérico, o cifroso da lista ainda está por vir. Não me olhe assim, eu juro que sou uma mãe legal. Mas é que o apartamento foi gerado antes do baby, então suas dívidas precisam ser prioridade para que se abra caminho para as seguintes. Prometo que até janeiro a gente compra, aos pouquinhos, aqueles itens pequeninos de moder, de chupar, de sacudir, de agarrar, de vestir, de dormir e de num-sei-quê-mais-lá.

Já a decoração do quarto, essa só fica para janeiro, quando eu vou tirar férias e ter uns dias de folga para dar dedicação exclusiva. Oxalá que o(a) baby não decida nascer nesse tempo, porque aí eu vou ter que dormir no colchonete das visitas.



A ilustração é desse rapaz sem talento aqui.

Boca de lata.

Se alguém souber aqui alguma dica para suavizar o efeito metal que fica no gosto da saliva, eu agradeço muitíssimo. Porque não tem água de côco e maçã que dê conta, meu senhor.

Translucência nucal.

Não vou perder muito tempo com esse tema porque já bastam as noites em claro e as crises nervosas, regadas à uma imaginação bastante fértil, que antecederam o exame. Obrigada ao meu doce e atencioso médico (beijo, doutor Carlos) que fez o ponteiro do relógio voltar a andar.



Foto de Rowena.

Susto.

Ó, só para deixar claro, já já eu entro na parte boa da gravidez, eu prometo. Mas antes dos enjôos entrarem em ação, outra coisa tirou o meu sono: escapes, talvez provocados por algum esforço físico. Para quem não sabe, escapes são pequenos sangramentos que às vezes rolam durante a gravidez e que não necessariamente são sintomas de processo abortivo. É que, durante a fixação do saco gestacional, alguns vasos sanguíneos podem se romper liberando pequenas quantidades de sangue. Não é muito não. Pouquinho mesmo e de cor escura, como no começo ou no final da menstruação. Até aí, tudo bem. O detalhe é que eu não sabia disso e, depois do ocorrido, tudo que acontecia da cintura para baixo era tragédia.

Liguei para a minha obstetra que, por ser objetiva demais e que por isso mesmo virou ex, me disse à queima-roupa: isso pode ser um princípio de aborto. Choro eu de um lado, chora Serginho do outro. Nem o telefonema para Ivana, a progesterona receitada pela médica (até então desnecessária, porque a minha estava bem alta devido ao meu constante consumo de soja) ou as palavras doces dos meus amigos de trabalho conseguiram por de volta o meu pensamento nos eixos.

Isso é castigo (maldito colégio de freiras), Deus não gostou de eu ter me apavorado quando soube da gravidez (maldito colégio de freiras), agora que eu estou feliz e tranqüila vão me tirar meu filho por falta de merecimento (maldito colégio de freiras).



Dois meses de desespero e tensão depois, percebo que o baby nem chegou e já está me ensinando um bocado de coisas. A principal delas está no universo da auto-suficiência: não gosto de incomodar, não gosto de pedir ajuda, não gosto de dever favores, não gosto de me sentir dependente. Eu sou assim. Ou, pelo menos, era. Porque desde que engravidei descobri que as conjugações na primeira pessoa vão para o saco e que fazer tudo em nome da bandeira gravidez-não-é-doença é teimosia, para não dizer ignorância. Que eu, depois de grávida, não posso continuar agindo como se nada tivesse acontecido, dando conta, integralmente, de tudo que cai no meu colo e que esse orgulho todo não vai me levar a lugar nenhum. A não ser pra minha cama, deitada, de molho, rezando e pedindo a Deus, Alá, Buda, Jeová e todas as forças que não machuque o meu(a) filho(a).

Dramas à parte, já estou no segundo trimestre, está tudo sob controle e os riscos maiores já passaram. Tomara.

Essa é uma das fotos lindíssimas de Elle Moss.

E já que o assunto é esse.

Um receitinha para quem não sabe cozinhar, tipo eu. Quem tenta diminuir o consumo de carnes, tipo eu. Quem gosta de berinjela, tipo eu. Quem tem tempo pra se dedicar à cozinha, tipo quem?



Berinjela Empanada
Ingredientes:
2 berinjelas grandes com casca
2 ovos inteiros
Sal a gosto
Farinha de rosca para empanar
Óleo para fritar

Preparo:
1. Corte as beringelas em rodelas de cerca de 1 cm.
2. Bata os ovos e acrescente sal (deve ficar mais para salgado, para temperar a beringela).
3. Passe primeiro no ovo e depois na farinha.
4. Frite em pouco óleo (prefira o de canola, que ofende menos).
5. Coloque para secar em cima de papel toalha.

99% natureba.



Na minha casa não se usa detergente, só sabão de côco raspado. Não compro alimentos em bandejas de isopor e, sob hipótese nenhuma, sacos de lixo (no lugar, uso as poucas sacolas plásticas trazidas do supermercado). Procuro comprar alimentos de produção local, evito comer carne às segundas-feiras (mas veja bem, eu gosto de carne), sou amiga da soja e de proteínas alternativas. Refrigerantes? Só em caso de sanduíche, pizza ou ressaca da braba.

Sou mulher, adoro fazer umas comprinhas, mas livros de sebo são sempre mais interessantes que os novos, porque têm um passado para contar além da própria história. Por questões de conveniência, vou a pé pro trabalho. Trocaria, tranquilamente, uma viagem de primeira classe por outra de trem e um apartamento à beira-mar por uma casa com uma horta e muitos cachorros. Procuro não gastar com coisas que não preciso, apesar de ser difícil, nem vou deixar que meu(a) filho(a) seja criado(a) querendo mais do que pode ou do que dever ter.

Tudo isso foi pra dizer que uma vez recebi um site enviado por uma grande amiga do Rio com fraldas lindíssimas de tecido que super combinam (como ela mesma fala) com essa filosofia ecológica. Eu catei para colocar aqui mas não achei, então vão outros. São todos muito legais, mas não tem quem me faça lavar 10 fraldas de tecido por dia, ok? Prometo não deixar a torneira aberta enquanto tomo banho nem a luz acesa em ambientes vazios, para compensar.

Fralda de Pano
Colorida Vida
Planeta Sustentável

Tentando não estressar.



Respira, baby, que vida de mãe publicitária não é moleza. Mas eu prometo que vou fazer de tudo para filtrar os problemas, ok?

Uma ressaca que durou um mês e meio.



Ok, agora vem a parte chata e nem um pouco mágica da gravidez: a fase dos enjôos. Quem teve sabe do que eu estou falando. Você sente fraqueza, sonolência, gosto de metal na boca, vontade de vomitar, sensação de impotência, impaciência, tontura e um olfato extremamente apurado mas muito pouco seletivo, só detecta cheiro ruim.

E cada um que viesse com uma dica para aliviar o ônus da tão sonhada gravidez. “Chupa gelo, que melhora”. “Cheira casca de limão ralado, que alivia”. “Come salgado misturado com doce, que ajuda”. Nada do que eu fazia surtia efeito e a única receita eficaz era dormir para ver se, pelo menos durante o sono, eu voltava a ser uma pessoa normal.

Claro que essa experiência me ensinou algumas coisas que funcionam mas, veja bem, não são regras nem garantem a satisfação do cliente ou o dinheiro de volta.

- Elimine as sopas da sua vida, a não ser aquelas bem cremosas. Quanto mais líquidos, maior era a minha vontade de vomitar.
- Mesmo não ingerindo líquidos, eu não abria mão da água de coco, que ajudava a hidratar, principalmente nos momentos pós-vômito, que foram poucos, porque eu me recusava a colocar pra fora tudo que comia a custa de tanto sacrifício, mas inesquecíveis.
- Banana de manhã cedo também é uma boa pedida. Não é na vitamina nem amassada com leite em pó. É pura mesmo. Como não tem cheiro forte, a banana não atiça o olfato e ainda dá energia para a fadiga matinal. Agora torça para ela não começar a estragar. Banana madura, para um olfato de mulher-prenha-enjoada, é um alarme poderoso que se percebe do hall de entrada do prédio.
- Aproveitando a dica acima, não deixe as frutas ficarem muito maduras na sua cozinha. Ao menor sinal, retire a casca e leve para a geladeira em potes plásticos ou faça salada de frutas. O cheiro é desesperador, depois não diga que eu não avisei.
- Se o seu marido, assim como o meu, fuma, peça para fazê-lo de varanda fechada e, ainda assim, lavar o rosto depois do cigarro. Só de lembrar eu já tenho contrações no estômago.
- A tentação de comer carboidratos simples (pão, massas, batata) é grande, porque não tem muito cheiro nem paladar, mas vá com calma. Troque pelos compostos (integrais) ou, se preferir, pelas raízes. O efeito é o mesmo e você não corre o risco de transformar tudo que conseguiu comer em açúcar.
- Isso tem em qualquer site de gravidez e é a mais pura das verdades: nunca fique muito tempo de estômago vazio muito menos encha o estômago demais. É enjôo na certa e, no caso da primeira opção, você também corre o risco de desmaiar.
- Tomar derivados do leite à noite também não me ajudava muito. Principalmente iogurtes. Eles fermentavam no estômago e o resto da história dá pra imaginar.
- Maçãs são muito úteis também, porque além de matarem a fome e serem fáceis de carregar, ajudam a limpar a boca. Acredite, você vai ficar com enjôo da própria saliva. Mas quanto a isso não tem muito o que fazer não.

Mas não se aperreie. Essa fase passa rápido e depois o conto de fadas começa. Você começa a sentir, sem que enjôos tirem sua atenção, todo o amor proporcionado pela maternidade. Até alguém como eu, que vislumbrava filhos só depois de rodar pelo mundo com uma mochila nas costas (rá), descobre as maravilhas de ser mãe e um talento todo especial, até então desconhecido, com crianças.

Como diz Serginho, não sei como eu conseguia viver antes sem ter um filho no pensamento.

Ilustração tirada do circus museum.

Entre um enjoo e outro.

O que tem de errado comigo?

Eu não sentia nada. Todo mundo me abraçando, dando os parabéns, dizendo que esse era o momento mais importante das nossas vidas e eu, nada. Serginho estava que não conseguia segurar o sorriso, soltando confetes e declarações de amor para todos os lados. E-eu-minha-senhora? Nada. Que péssima mãe eu vou ser. Meu filho não vai gostar de mim. Todo um sortilégio de pensamentos negativos passaram pela minha cabeça: contas para pagar, diminuição temporária das farras e mudança no ritmo de trabalho. Justo eu, que sempre fui tão sentimento. No que a vida me transformou, Genésio?

Eis que, deitada na sala do médico, no meio da primeira ultrassonografia, a mágica acontece. Nem foi preciso ligar o som do aparelho para que aquele pequeno coraçãozinho palpitante, na sua imensa fragilidade, me segurasse pelo pescoço e me mostrasse a verdade do universo. Eu chorei que nem criança, sem saber se ria ou se soluçava, tentando prender a lágrima durante a bronca do pai. Na verdade era um choro diferente. Um choro de alivio, de desabafo, como se, naquele momento, eu estivesse me livrando de todos os pesos da vida. “Ah, Juliana. Se você já está chorando assim, eu nem vou colocar o coração pra você escutar”. Felicidade pura.



Percebi que eu não virei mãe no dia da fecundação. Nem no dia que fiz o teste. Eu virei mãe no dia em que vi meu filho pela primeira vez. Quando eu e o pai dissemos a ele que tudo ia ficar bem. E ele respondeu da maneira mais poética e verdadeira: com o coração. A partir daí, eu comecei a sentir tudo que estava escondido por baixo do carpete da minha racionalidade. Amor, paixão, maternidade, sentimento de família, encantamento e, claro, muito enjôo. Mas aí, é assunto para outro post.

Segura a minha mão e pula.

Medo. Nervoso. Choro. Incertezas. Foi assim que começou o meu dia 8 de agosto. Serginho, que passou o domingo trabalhando, ficou encarregado de trazer da farmácia o assustador teste de gravidez. Até ele chegar em casa eu só enxergava em slow motion e as pessoas, reais e da TV, parecia falar uma língua que não era a minha.

Aí você pode me perguntar: como assim um casal que está há tanto tempo junto, que tem sua própria casa e uma certa estabilidade financeira pode estar tão assustado? Bem, primeiro porque, como uma digna libriana que precisa ter sempre o controle da sua vida e que passa manteiga dos dois lados do pão para ter certeza que vai torrar, eu estava me planejando para 2012. Isso. Com tudo sob controle e dívidas quitadas, seria o momento ideal, além de achar 36 anos uma idade linda e altamente cabalística.

Mas, assim como a mãe, esse baby já chegou mostrando que não gosta de receber ordens e veio na hora que queria. O pai, de quem eu espero que herde, além dos olhinhos apertados, o sorriso doce e a eterna fé nas pessoas, chegou em casa, me entregou o teste e vibrou, com toda alegria que é só dele, as duas listrinhas gritando no pedaço de papel. Enquanto eu chorava de susto e nervoso, ele me levantou e me abraçou tão forte que eu pude sentir seu coração quase que varando a caixa do peito para encontrar o meu. E foi esse sentimento que me acalmou e me fez enxergar o presente que tínhamos ganho da vida. Serginho em especial, porque foi nesse exato momento, cheio de sentimentos misturados, que comemoramos o nosso primeiro dia dos pais.



Foto linda de Tony Takai, retirada do blog de Dani Arrais.

Once upon a time.

Agora que os enjôos passaram e que, igualmente, meu mau humor e a completa indisposição para andar mais que meio metro se foram, encontrei energias para começar a escrever este blog, especialmente dedicado aos meus amigos distantes, que sempre pedem notícias, e também aos próximos que, por culpa da minha absoluta falta de tempo, não estão muito atualizados. Então, aqui vai.