As mães e o mercado de trabalho.

Neste final de semana, conversei com amigos empresários sobre a contratação de mulheres e a sua relação com a gravidez. Apesar de muito boa gente, eles tiveram uma visão bem simplista ao afirmarem que preferem não contratar mulheres porque, além dos custos gerados por uma licença maternidade, durante a gravidez a funcionária perde o foco, tendendo à piora depois que o filho nasce.

É um fato. A mulher, quando engravida, deixa de pensar 100% no trabalho e divide a atenção com tudo que uma gravidez exige. Mas, assim como o trabalhador se vê obrigado a se adaptar às mudanças do mercado de trabalho, o inverso precisa ser verdadeiro. Aí é que reside o xis da questão. Boa parte dos empresários brasileiros só pensa no imediato. No quanto sua receita está, ou pode ficar, no vermelho hoje. Nas contas a curto prazo.

Esquecem que mulher que trabalha gera renda, que esta renda movimenta a economia, faz girar o comércio e impulsiona a prestação de serviços. E que, com poder aquisitivo, ela se torna uma consumidora para comprar os produtos que eles mesmos fabricam ou os serviços que oferecem.

Também tem outra opção: com as mulheres fora do mercado de trabalho, os homens se tornam os únicos provedores da casa, arcando com o ônus da total responsabilidade financeira domestica, e elas voltam a cuidar da família, a fazer aulas de piano, cursos de arte, participar de grupos de leitura e ir a salões de beleza, como nos anos 50. Fora o fato de que, tendo mais tempo para cuidar de quem amam, as mulheres economizariam horrores em terapia.

Pensando bem, adorei. O fato é que aí, sem as mulheres como consumidoras, muitos destes empresários poderiam ir à falência ou ter o seu faturamento seriamente comprometido. Mas isso seria um problema dos homens, né não?

Está oficializado.

Eu nunca tive padrinhos muito atuantes. Nem Serginho. Mas Helô vai ter, isso eu tenho certeza. O risco é essa menina crescer mimada de tanto amor que vai receber.

São Bento, olhai por nós.



Eu e Serginho fizemos, finalmente, o ensaio de fotos da gravidez. Durante meses fiquei sem saber como fazer, onde fazer e com quem. Aí, o marido, sabendo do meu amor por Olinda, sugeriu a Cidade Alta. E nenhum outro lugar me deixa tão em paz quanto o mosteiro de São Bento.

Porque, apesar de não ser católica, eu amo igrejas.
Porque eu já assisti a uma missa com canto gregoriano nesse mosteiro e me emocionei.
Porque se um dia eu decidir casar na igreja, eu quero que seja lá.
Porque é onde eu sempre sinto a presença de Deus.
Porque é no seu largo que o Acho É Pouco se concentra.

Tenho certeza que Helô saiu de lá com todas as bençãos.

Fotos de Clara Gouvêa

Peso na consciência.

Tranquila com a silhueta fina que vem me acompanhando a gravidez inteira, enfiei o pé nos doces nas últimas 3 semanas. Resultado? Uma barriga gigante, quilos a menos pra mim e outros a mais pra piolha. São 9,5kg adquiridos por mim em 37 semanas e 3,3kg por Helô, no mesmo período. Gorda, ela não está. Mas libriana boa que sou, não dou margem para o azar. De modos que os doces estão devidamente cortados até ela nascer. E tenho dito.

Tem pra tudo que é gosto.

Heloísa.

Idioma de origem: francês, grego.
Significado: do grego helios (sol).
Curiosidades: Heloísa (1101-1162) ficou conhecida por seu amor pelo filósofo Pedro Abelardo, seu professor. O relacionamento ficou registrado em pungentes cartas de amor, mas Heloísa terminou a vida solitária, num convento.

Idioma de origem: germânica.
Significado: guerreira famosa.