Heloísa, mexe a cadeira.

Helô está virada no mexe-mexe. Um bom sinal, segundo minha medica, porque significa que sua circulação sanguínea está nos trinques. Até a última ultra, que foi há 3 semanas, ela estava sentadinha, com o traseiro embaixo e a cabecinha, junto com braços e pernas, devidamente instalada entre as minhas costelas. Pior pra mim, que sofro queimações e dores fortes devido ao seu sacolejo constante. Pior também porque, se ela continuar sentada, adeus parto normal. Sendo assim, apesar de ser uma entusiasta das dores do parto e uma frouxa quando se trata de ir pra faca, estou me preparando para todas as possibilidades. O importante é fazer o que for melhor pra ela, porque eu deixei de pensar na primeira pessoa faz tempo.

E, observando essas mexidas deliciosas, apesar de algumas vezes doloridas, percebi que a pequena já tem uns hábitos bem estabelecidos. Pela manhã, quando eu acordo, ela dá uns pulinhos de bom dia. Depois do café, talvez por conta da ingestão de leite e iogurte, ela mexe bastante. O mesmo acontece depois do almoço, o que deve ser sua disputa de espaço com o feijão e a carne. A partir daí, até umas onze da noite, as mexidas ficam mais fortes, chegando, por vezes, a me dar sustos. Principalmente quando eu chego do trabalho e deito no sofá tentando descansar da agitação do dia. Na madrugada, ela não me dá trabalho algum, muito pelo contrario. Basta eu deitar na cama para ela entrar em sono profundo. Se ela mexe, o que deve ser bem suave, já que meu sono sempre foi muito leve, eu não sinto. E isso tem feito com que eu durma melhor hoje do que antes mesmo de engravidar.

O mais legal de tudo aconteceu essa semana. Fui mostrar a Serginho um volume diferenciado na altura da minha costela direita. Serginho, pai amoroso como tem se mostrado desde o início da gravidez, deu um beijo daqueles estalados bem neste local. Neste exato momento, ela pulou forte, fazendo sacudir a barriga inteira. Achamos engraçado e ele repetiu o beijo umas dez vezes, todas seguidas de uma agitação surpreendentemente visível. Chegamos a conclusão que aquele volume era a sua cabeça e que, provavelmente, ela pulava de incômodo pelo barulho do beijo no pé do ouvido.

Se a reação de Helô teve um fator auditivo, massa, porque já sabemos que ela escuta muito bem, obrigada. Se foi afetivo, eu tô lascada. É sinal que o grude com o pai vai ser daqueles e a mamãe aqui vai ficar pra segundo plano. Como acontece, aliás, com toda mãe de menina.

5 comentários:

Unknown disse...

Que sapequinha, não quis se virar hein. Arthur já está virado na posição de nascer (deixando a mamãe feliz da vida pra tentativa do normal) e gosta mesmo é de rebolar e deixar a barriga toda torta. Antes do último ultrassom, há 2 semanas, já desconfiava que o que me entortava era sua bundinha e depois do ultra confirmamos. A coisa mais fofa foi que deu pra ver o rostinho fofinho, como já sonhei. Agora continuamos torcendo pra tudo continuar bem.
Boa sorte pra vocês e espero que a Heo resolva se virar e ficar bonitinha na posição de nascer.
beijos

Natacha disse...

É por isso que eu sou Mãe de Homem!!!

julisboa disse...

olhaí, duas mães de artur. =)
meninas, cruzem os dedos aí pra rolar a virada do ano. caso contrário, vai ser faca no bucho.

Unknown disse...

Ju, Flavinha me mandou o teu blog. Que lindo!
Aproveita muito essa fase. Eu morro de saudades de ser grávida. São 9 meses de felicidade. Eu sei que a coluna reclama, a respiração fica difícil e a gente para de caber nas roupas. Mas isso passa rápido. As lembranças que ficam são apenas as boas. Só as boas. Aproveita. Um beijo.

julisboa disse...

maga! que massa tu aqui.
pois é, amiga. até agora, tá tudo lindo. ressalvando alguns pequenos detalhes, claro, que ninguém é de ferro.

helô promete ser uma ariana daquelas...

beijo grande e saudade.