Mostrando postagens com marcador natureba. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador natureba. Mostrar todas as postagens

Estação Primeira de Mangueira.

Ontem fui à médica, abre parênteses para a querida Doutora Gisela, minha anja da guarda. Cheguei com as pernas tremendo, porque na consulta anterior eu tinha engordado mais do que deveria, apesar de ainda estar no limite do saudável. Subi na balança e foi só sucesso. Em 5 meses e meio eu aumentei, exatamente, 5 quilos e meio. Uma média de um quilo por mês, resultado de muita água, massa integral, diminuição do sódio e frutas e verduras a valer. E olhe que estou longe de ser uma pessoa disciplinada, muito pelo contrário. Qualquer coisa que soe, mesmo que de longe, um leve sopro de obrigação me causa urticárias.

E está tudo lindo. Taxas sensacionais, barriga de tamanho saudável, batimentos cardíacos (meus e de Helô) num ritmo bacana, inchaços raros, cansaço zero. Às vezes dá uma tontura ou outra e um ensaio de desmaio resultado de uma queda repentina de pressão, mas até isso a dotôra disse que está trabalhando a meu favor. Minha pressão, historicamente baixa, está se mantendo nesta medida mesmo durante a gravidez, o que Gisela disse ser uma excelente notícia para afastar o mau agouro da pré-eclâmpsia.



Mas pra não dar chances pro azar, esse mês eu começo a hidro (nossa senhora do bom sono me ajude a acordar cedo) e, mês que vem, a drenagem e a fisioterapia para gestantes, que estão sendo adiados por falta de um certo que garanta a frequência até o final da gravidez.

Então, Helô, faça a sua parte e venha bem linda e saudável, que mamãe está cortando um dobrado pra fazer a dela.

A fota é de Aniela.

Água que grávida não bebe.



É isso aí. Já são quatro meses sem minha gelada querida. Só nos meus 20 anos, quando matei meu pai de desgosto por conta de uma ressaca sem precedentes, passei tanto tempo sem beber. Hoje, sempre que a gente sai é a mesma coisa: eu tento agir normalmente mas, invariavelmente, me pego tirando os olhos do meu copo por segundos na esperança da água de côco virar cerveja quando eu voltar a olhar.

Tenho amigas do estandarte da cachaça que dizem não terem sentido falta de cerveja durante a gravidez. Queria eu chegar nesse nível elevado de espiritualidade, mas meu corpinho, antes de 58 quilos, ainda está apegado a desejos materiais.

Daí, confesso que sair à noite é, muitas vezes, um saco. A farra até começa bem, com todos dividindo o mesmo degrau na relação álcool x conversa, mas no decorrer das horas, quando você vê que dois ou três copos já são seis ou sete, a minha chatice sem a maquiagem da cerveja se faz presente e já não vejo mais graça nos comentários empolgados ou nas risadas sem motivo. Não vou nem entrar no quesito dos sabores, porque nada nessa vida é mais prazeroso que um gole de cerveja bem gelada depois de uma semana de trabalho estressante.

Ah, filhota querida, o que mamãe não faz por você.

E já que o assunto é esse.

Um receitinha para quem não sabe cozinhar, tipo eu. Quem tenta diminuir o consumo de carnes, tipo eu. Quem gosta de berinjela, tipo eu. Quem tem tempo pra se dedicar à cozinha, tipo quem?



Berinjela Empanada
Ingredientes:
2 berinjelas grandes com casca
2 ovos inteiros
Sal a gosto
Farinha de rosca para empanar
Óleo para fritar

Preparo:
1. Corte as beringelas em rodelas de cerca de 1 cm.
2. Bata os ovos e acrescente sal (deve ficar mais para salgado, para temperar a beringela).
3. Passe primeiro no ovo e depois na farinha.
4. Frite em pouco óleo (prefira o de canola, que ofende menos).
5. Coloque para secar em cima de papel toalha.

99% natureba.



Na minha casa não se usa detergente, só sabão de côco raspado. Não compro alimentos em bandejas de isopor e, sob hipótese nenhuma, sacos de lixo (no lugar, uso as poucas sacolas plásticas trazidas do supermercado). Procuro comprar alimentos de produção local, evito comer carne às segundas-feiras (mas veja bem, eu gosto de carne), sou amiga da soja e de proteínas alternativas. Refrigerantes? Só em caso de sanduíche, pizza ou ressaca da braba.

Sou mulher, adoro fazer umas comprinhas, mas livros de sebo são sempre mais interessantes que os novos, porque têm um passado para contar além da própria história. Por questões de conveniência, vou a pé pro trabalho. Trocaria, tranquilamente, uma viagem de primeira classe por outra de trem e um apartamento à beira-mar por uma casa com uma horta e muitos cachorros. Procuro não gastar com coisas que não preciso, apesar de ser difícil, nem vou deixar que meu(a) filho(a) seja criado(a) querendo mais do que pode ou do que dever ter.

Tudo isso foi pra dizer que uma vez recebi um site enviado por uma grande amiga do Rio com fraldas lindíssimas de tecido que super combinam (como ela mesma fala) com essa filosofia ecológica. Eu catei para colocar aqui mas não achei, então vão outros. São todos muito legais, mas não tem quem me faça lavar 10 fraldas de tecido por dia, ok? Prometo não deixar a torneira aberta enquanto tomo banho nem a luz acesa em ambientes vazios, para compensar.

Fralda de Pano
Colorida Vida
Planeta Sustentável