4 meses.

Para quem pensa em engravidar, eu vou logo dizendo: essa fase é sensacional. Os enjôos, os cansaços excessivos, os abusos e as neuroses já passaram. O bucho começa a aparecer ao ponto de você não ficar constragida em entrar numa fila preferencial. As pessoas já olham para você não como uma gorda, mas como uma grávida, e você começa a desfrutar do prazer, inlcusive, daquela alisadinha marota na barriga com óleo de amêndoas durante o banho. À noite, a situação complica um pouco, porque depois do jantar bate um banzo fenomenal. E como o sofá da gente não é um dos mais confortáveis do mundo, levando-se em conta que por orientações médicas sempre deito virada para o lado esquerdo, levanto, com frenquência, cheia de dor nos quartos. De resto, tá tudo lindo.



Já comecei aqueles rituais de grávida, muito prazeros, por sinal. Coloco fones de ouvido com o set list pessoal dos pais na barriga pra Helô não correr o risco de gostar de pagode quando crescer, leio livrinhos leves em voz alta e converso com ela com uma certa regularidade. Já serginho, todas as noites, bate altos papos com meu umbigo, com direito a palavras doces, beijos e declarações de amor. Com a barriga redondinha e sem o famigerado bucho-quebrado-de-mulher-que-limpa-parabrisas-no-sinal, tão característico do começo da gravidez, também rola começar a usar aquelas calças de cintura superbaixa, que acompanhadas de uma blusinha mais justa, colar e rasteirinhas (ou um all star velho de guerra), confere a qualquer caminhada até o trabalho um glamour diferente.

Não ter do que reclamar nessa fase soa até meio monótono, mas se a gravidez inteira fosse assim, acho que eu viveria grávida.

Tá, esqueci a abstinência da cerveja. Então, retiro o que disse.

2 comentários:

Flavinha Marques disse...

Hahahaha

julisboa disse...

o pior é que basta pensar em liber que eu começo a enjoar. cerveja ruim da porra.